[{"_id":"611143b44d3c95a44369e017","title":"Arte e ativismo","date":"2020-08-26T20:58:24.000Z","author":["amandarlrocha@gmail.com"],"image":{"source":"https://res.cloudinary.com/proworld-brazil/image/upload/old/2020/08/974decbaaf9a2f59e8978b3e428a0ae7-gpmedium.jpg"},"tag":"Meio Ambiente","body":"

A arte surge a partir de uma necessidade de transmitir emoções, muitas vezes reinterpretando o ambiente em que vivemos. Ela tem o poder de causar questionamentos e fazer as pessoas refletirem a respeito de suas atitudes.

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É usada no ativismo ambiental como forma de conscientizar as pessoas ao mostrar como nossas ações podem ser prejudiciais à natureza. Isso ocorre através de uma experiência capaz de atingir as pessoas no âmbito emocional, influenciando-as a mudarem seus atos.

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Com a arte sendo usada para o ativismo, essa pauta das questões ambientais pode ser melhor explorada e aumentar a visibilidade ao explorar diferentes perspectivas para um mesmo assunto, prendendo mais facilmente a atenção do público para que se passe uma mensagem.

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É da união entre artista e vínculo social que as novas formas estéticas de autogestão são ampliadas, convertendo-se em ferramentas de trabalho comunitário e ultrapassando uma mera transmissão de dados informativos e históricos, ou apenas satisfazendo a demanda de uma “novidade artística” comprometida com a tendência do momento

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A seguir estão dois artistas que usam suas criações como forma de ativismo:

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Frans Krajcberg

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“A minha vida é essa, gritar cada vez mais alto contra esse barbarismo que o homem pratica.”

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O artista plástico teve papel de destaque na arte brasileira e usava suas composições como forma de criticar a barbaridade do homem contra a natureza. Suas obras eram feitas com troncos e galhos afetados pelas queimadas do que antes eram extensas áreas verdes.

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Em um mundo em que o individualismo e a indiferença tornam o dia a dia frio e violento a arte de Frans Krajcberg busca mostrar-nos os horrores a que submetemos a natureza e as terríveis consequências desse tipo de postura individualista. Mais sobre Frans Krajcberg aqui.

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Cláudia Andujar

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Sua vida é dedicada à fotografia, trabalha para publicações nacionais e internacionais, como as revistas Realidade, Claudia e Life.

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Após receber uma bolsa da Fundação Guggenheim, instituição norte-americana e outra da Fapesp, com o objetivo de estudar os povos yanomami, foi viver com eles durante cinco anos. A observação do modo de vida e das tradições yanomami tem sido o guia e foco de sua atividade como fotógrafa desde então.

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Se torna uma das principais referências da arte ativista brasileira lutando pelos direitos dos povos indígenas. Para conhecer mais sobre a vida e a arte de Claudia Andujar acesse este link.

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A arte o poder de causar impactos significativos e alterar a percepção das pessoas quanto à causa ambiental. Novas formas de participação social surgem no mundo a todo instante. No campo das artes o ativismo tem se mostrado uma das estéticas contemporâneas que mais contribui para a interferência social. Mas todas essas obras e suas críticas silenciosas aos atos da humanidade, de nada servirão se seus observadores não abraçarem essa mensagem e mudarem suas atitudes. Lutamos por um mundo melhor, mas o que estamos dispostos a fazer por ele?

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\n\tO cenário atual mostra-se cada vez mais propenso a corroborar para a alteração\n\tclimática numa escala mundial, podendo resultar em graves consequências que,\n\tcertamente, irão nos prejudicar de inúmeras maneiras. Consequentemente, haverá\n\tdesastres naturais e modificações de diversos habitats, de forma a causar a\n\textinção de espécies da fauna e flora mundiais.\n

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\n\tMas você realmente já parou para pensar em como será o nosso futuro se\n\tnós não fizermos nada para mudar nossos hábitos? Daqui a 50 anos, você ainda\n\tpoderá viver na sua cidade? Ou será que a mesma estará assolada por um calor\n\tmisantropo ou até mesmo submersa?\n

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\n\t\t\tMapa mostra as mudanças na temperatura ao redor do globo, no primeiro\n\t\t\tsemestre de 2020. As áreas em vermelho estão mais quentes, enquanto que as\n\t\t\táreas em azul estão mais frias. Gráfico por\n\t\t\tClimate Central.\n\t\t

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\n\tOs cenários RCP (Representative Concentration Pathways) referem-se a\n\ttrajetória de concentração de gases de efeito estufa adotada pelo IPCC\n\t(Intergovernmental Panel on Climate Change, Painel Intergovernamental de\n\tMudanças Climáticas em português), que se prolongam até 2100, para os quais os\n\tmodelos de avaliação integrada produzem cenários de emissões correspondentes .\n\tA análise dos mesmos é de extrema importância, pois é a partir deles que\n\tanalisaremos os impactos, riscos econômicos e possíveis opções de resposta\n\tpara as mudanças climáticas induzidas pelo homem.\n

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\n\tA seguir, para a apresentação da temática, estão análises de dois desses\n\tcenários:\n

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RCP4.5

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\n\tRCP4.5 é descrito como um cenário intermediário, mas, de longe, o melhor\n\tdentro da perspectiva otimista que consegue se encaixar na nossa realidade. As\n\temissões no RCP 4.5 atingem o pico por volta de 2040, e então diminuem. \n

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\n\t É provável que o RCP 4.5 resulte em um aumento da temperatura global\n\tentre 2Cº e 3Cº, até 2100, com um aumento médio do nível do mar de 0.26m até\n\t2065 e 0.47m até o fim do século. \n

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\n\tMuitas espécies de plantas e animais serão incapazes de se adaptar aos efeitos\n\tdo RCP 4.5 e RCPs superiores. \n

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\n\tDe acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o\n\tRCP 4.5 requer que as emissões de dióxido de carbono (CO2) comecem a diminuir\n\tpor volta de 2045 para que em 2100 possamos atingir cerca de metade das\n\temissões de 2050. Como todos os outros RCPs, o RCP 4.5 requer emissões\n\tnegativas de CO2 (como a absorção de CO2 pelas árvores). Para entender mais\n\tsobre a questão do carvão e o CO2, clique\n\taqui\n\te veja nossa indicação de vídeo sobre o tema.\n

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RCP8.5

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\n\t\t\tRCP8.5 representa uma perspectiva pessimista considerando\n\t\t\temissões de carbono constantes sem corte algum, e um patamar elevado para\n\t\t\tcada forçamento radiativo é superior a 8,5 Wm–2 em 2100 e continua a\n\t\t\taumentar durante algum tempo, se estabilizando após 2100.\n\t\t

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\n\t\t\tAtualmente esse cenário é visto como uma das previsões mais precisas\n\t\t\tacerca da questão climática segundo estudo do\n\t\t\tPNAS. Ainda assim, recebe muitas críticas porque o consideram relativamente\n\t\t\texagerado em suas previsões, que falam sobre um aumento no uso do carvão\n\t\t\tcomo combustível e na duplicação da população global.\n\t\t

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\n\t\t\tÉ nele que, até o final do século, cidades como Rio de janeiro, Nova\n\t\t\tIorque, entre outras cidades litorâneas, estarão debaixo d’água ou\n\t\t\tcompletamente alagadas, com altas de verão marcando 34,9 C°.\n\t\t

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\n\t\t\tFala sobre um aumento na temperatura global de no máximo 5 Cº até o ano de\n\t\t\t2100, com um aumento médio do nível do mar de 0.30m até 2065 e 0.63m até o\n\t\t\tfim do século.\n\t\t

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\n\t\t\t\tProjeções de Miami em 2100 no cenário RPC8.5. Foto por\n\t\t\t\tClimate Central.\n\t\t\t

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\n\t\t\t\tLondres em 2100 no cenário RPC8.5. Foto por\n\t\t\t\tClimate Central.\n\t\t\t

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\n\t\t\t\tRio de Janeiro em 2100 no cenário RPC8.5. Foto por\n\t\t\t\tClimate Central.\n\t\t\t

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\n\t\t\t\tNova Iorque em 2100 no cenário RPC8.5. Foto por\n\t\t\t\tClimate Central.\n\t\t\t

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\n\tSegundo dados do\n\tG1, a ONU atualmente já prevê um desastre ambiental por volta de 2050. Ao fim\n\tdos próximos 30 anos, são estimadas mais de 3 bilhões de pessoas vivendo em\n\tsituação de extrema pobreza, das quais pelo menos 155 milhões estariam na\n\tAmérica Latina e no Caribe. E essa condição demográfica e social seria\n\tmotivada também pela degradação do meio ambiente e pela redução dos meios de\n\tsubsistência, como a agricultura e o acesso à água potável.\n

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\n\tCurar o planeta começa no seu dia a dia, na sua cozinha e na mesa da sua sala\n\tde jantar. A seguir vamos apresentar pequenas atitudes que você pode adotar\n\tque podem, a posteriori, salvar o planeta!\n

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1. Reduzir a produção de lixo

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\n\tEvite comprar produtos com muitas embalagens e sempre recicle o que for\n\tpossível. A decomposição do lixo libera CO₂ e metano, gases que contribuem\n\tpara o efeito estufa. Em um sistema de decomposição mais ideal, esses gases\n\tsão aprisionados e utilizados para produzir eletricidade.\n

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2. Dar preferência a meios de transporte sustentáveis

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\n\tCombustíveis fósseis são a principal fonte de emissão de gases do efeito\n\testufa nos centros urbanos pelos meios de transporte. Assim, utilizar\n\ttransporte coletivo contribui para amenizar a emissão desses poluentes, além\n\tde diminuir os congestionamentos e otimizar o tempo de todos.\n

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3. Consumir produtos locais

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\n\tProdutos produzidos localmente não necessitam ser transportados a longas\n\tdistâncias e, portanto, dispensam as emissões de gases do efeito estufa que os\n\tcaminhões geram ao rodar centenas e centenas de quilômetros carregando\n\tmercadorias.\n

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4. Moderar no ar-condicionado

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\n\tEsses aparelhos liberam gases do tipo HFC, mais potentes que o CO₂ quando se\n\ttrata de prender os gases do efeito estufa na atmosfera. Ou seja, ao mesmo\n\ttempo em que resfriam o interior de ambientes, contribuem para aumentar a\n\ttemperatura no exterior. Para saber mais sobre como essa maravilha da\n\ttecnologia é um dos grandes vilões do aquecimento global acesse o vídeo\n\taqui.\n

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\n\tO cenário atual tende a apenas piorar caso não sejam tomadas medidas eficazes\n\tno combate às alterações climáticas. As consequências seriam desastrosas para\n\ta humanidade em inúmeros aspectos. Ainda assim é válida a tentativa de\n\tdiminuir a emissão de gases poluentes para manter a temperatura global\n\testável. Podemos notar que, apenas com medidas cotidianas que podem não\n\tparecer tão eficazes, é possível contribuir para evitar as mudanças\n\tclimáticas. \n

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\n\tA sua parte também importa! Não se deve negligenciar o ato de\n\tse fazer o certo por achar que está fazendo pouco. São as suas ações que irão\n\tgarantir o planeta que seus descendentes habitaram um dia. É a sua vez de\n\tfazer a diferença.\n

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Amanda Rocha

Arte e ativismo

O fim está próximo