Meio Ambiente

Situação do lixo no Brasil ainda é preocupante


Lixo se acumula no entorno do Parque Estadual da Serra do Rola Moça
Fabiane Niemeyer / CC-BY-SA

Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um dos países que mais geram resíduos sólidos, substâncias e resíduos. Conforme a legislação e tecnologia atualmente disponíveis, a destinação final desses resíduos deveria ser tratada com soluções economicamente viáveis, mas no final das contas, ainda foi parcialmente despejado ao ar livre, jogado no sistema de esgoto público ou mesmo queimado.

Dentre esses resíduos, encontram-se alguns resíduos mais complexos, como resíduos de engenharia civil, lixos hospitalares, resíduos radioativos, resíduos agrícolas, resíduos industriais e de mineração, etc., bem como resquícios domésticos gerados pela atividade de moradores urbanos, bem como limpeza de locais públicos.

A Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) destacou em seu relatório de 2018 que o país gera cerca de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. A parte arrecadada chegou a mais de 72 milhões de toneladas. Destes, 29,5 milhões foram despejados em lixões ou aterros controlados. Cerca de 6,3 milhões de toneladas geradas a cada ano continuam sendo processadas de forma irregular, nem mesmo são coletadas para serem encaminhadas aos aterros sanitários.

Mesmo que você tenha a tecnologia necessária para cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o custo do gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e a falta de maior integração entre as secretarias também são as lacunas apontadas pelos especialistas no assunto, ou seja, falta de controle. O descarte não é padronizado. Os desafios do país sobre o assunto são praticamente os mesmos antes ou depois da formulação da política nacional.


No Brasil, a classificação de resíduos sólidos é regulamentada pela ABNT NBR 10,004/2004. A norma classifica os riscos à saúde pública e ao meio ambiente representados pelos resíduos sólidos para uma gestão adequada. A classificação também envolve a identificação da atividade que os causou e as características desses resíduos.

É importante entender esse padrão em detalhes, principalmente para empresas que geram abundância de resíduos e são difíceis de descartar de maneira adequada. Por isso, fornecedores de futuras competições da MP RS e de outros estados que mais geram resíduos sólidos, como São Paulo e Minas Gerais, devem estar atentos aos padrões de classificação.