Satélite registra novas colônias de pinguins-imperadores
Eva Santiago Má
Recentemente foram descobertas onze novas colônias de pinguins-imperadores na Antártida, através de imagens de um satélite da ESA (Estação Espacial Européia). São no mínimo 20% mais colônias do que se acreditava haver, segundo estudo do BAS (Instituto de Pesquisa Antártico Britânico).
As colônias identificadas encontram-se em áreas perigosamente ameaçadas pelo aquecimento global, fenômeno que mostra-se cada vez mais crítico. Peter Fretwell, geógrafo do BAS, conta à CNN sobre a possibilidade da população de pinguins-imperadores cair em 80% até o fim do século. Eles costumam alimentar-se a base de krill (micro crustáceo similar ao camarão), e com o degelo causado pelo aquecimento global, além de tornar seus habitats inviáveis para se viverem, a busca pelo alimento é dificultada.
Os pinguins-imperadores habitam as regiões mais remotas da Antártida, locais onde a temperatura atinge até -50 °C. Atualmente, eles classificam-se como espécie “quase ameaçada” na lista de animais da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), ainda que muitas pessoas questionem sobre mudar esse status para “vulnerável”, o que dá mais ênfase à importância de se criar políticas em prol da preservação dessa espécie.
O satélite faz parte de um programa para o monitoramento da terra e as mudanças ambientais, contam os autores das imagens escrevendo para a revista científica ‘Remote Sensing in Ecology and Conservation’, explicando também que chama-se Sentinela Copérnico 2 e busca fornecer dados e imagens para o programa Copernicus da ESA.
Segundo dados do Greenpeace publicados em fevereiro de 2020, a população de pinguins na Antártida já caiu em quase 60% e, por isso, criaram um abaixo-assinado em defesa dos oceanos, que visa mobilizar as grandes instituições mundiais a criar um tratado para preservar os oceanos.
Participe do abaixo-assinado do Greenpeace em defesa dos oceanos! Sua assinatura defenderá a criação do Tratado Global dos Oceanos, para proteger o alto-mar da ação humana. Para assiná-lo, clique aqui.