Cotidiano

Máscaras biodegradáveis surgem como solução às descartáveis


Com o início da pandemia de Covid-19 em março de 2020, a população mundial se deparou com a crescente necessidade da utilização de máscaras de proteção individual para combater a propagação do coronavírus. De acordo com a Sociedade Americana de Química, aproximadamente 129 bilhões de máscaras passaram a ser descartadas mensalmente em todo o planeta. Dentro deste cenário, surgiu a problemática do descarte indevido, que inegavelmente possui um alto impacto ambiental. Pensando nisso, algumas ideias inovadoras foram surgindo ao redor do mundo.

Na Holanda, a empreendedora Marianne de Groot-Pons desenvolveu uma máscara biodegradável que vira flor ao ser descartada. Batizada de “Marie Bee Bloom”, o utensílio é produzido a partir de papel de arroz, sementes de flores e tiras de lã de ovelha. Após o uso, os consumidores podem enterrar as máscaras para dar oportunidade das sementes germinarem. Segundo os estudos, a máscara é tão eficiente quanto uma de tecido.

Também pensando na diminuição desse tipo de lixo, um grupo de filipinos surgiu com uma solução semelhante - passaram a produzir máscaras ecológicas a partir das fibras do abacá, planta nativa das filipinas e parente das bananeiras. A grande vantagem da fibra grossa e resistente é a sua degradação em apenas 2 meses, tempo muito menor quando comparado ao plástico convencional.

As máscaras são itens indispensáveis para o combate ao COVID-19, mas seu descarte indevido vem sufocando a Terra. Se quisermos um mundo mais sustentável, iniciativas como essas precisam ser incentivadas para que exista o devido equilíbrio entre economia e meio ambiente.