Incêndios na Austrália no início do ano afetaram 3 bilhões de animais
João Sena
A Austrália é, tradicionalmente, bastante marcada por incêndios na região devido a inúmeras questões climáticas, com períodos de seca que tornam as queimadas no país ainda mais intensas. Entretanto, o período de 2019-2020 foi ainda mais prejudicial para a fauna e para a flora do país.
O país foi tremendamente devastado por incêndios enormes, que, apesar das tentativas, não se findavam, sendo considerado uma das “piores catástrofes ambientais da história moderna para a vida selvagem”, segundo Dermot O'Gorman, diretor do World Wide Fund for Nature Austrália.
Uma pesquisa foi encomendada pelo WWF a fim de calcular as perdas causadas pelas queimadas e, ainda que ela não tenha sido finalizada, as estimativas são extremamente pessimistas. Segundo o estudo, cerca de 3 bilhões de animais foram afetados, devido a perda de alimento, moradia e proteção contra predadores. Ainda segundo o estudo, a classe mais afetada foi a dos répteis, provavelmente por não serem dotados de tantos mecanismos de adaptação quanto os mamíferos, por exemplo.
Inclusive, o governo australiano tentou de inúmeras maneiras reduzir e minimizar os danos dessas queimadas, com um intenso programa de combate aos incêndios e distribuição de comida para os animais através de helicópteros, mas, ainda assim, não foi suficiente para reduzir os impactos causados pelo fogo e pela fumaça.
Além disso, é projetado, ainda, que esses incêndios serão responsáveis por um grande desequilíbrio da fauna do país. Regiões anteriormente cheias de vida animal e vegetação estão, agora, devastadas e enfrentando uma lenta recuperação. O que mais preocupa os pesquisadores é a possibilidade de novos incêndios de mesmas proporções nesse ano de 2020.
Por fim, outra tendência preocupa os ambientalistas pelo mundo: a intensa emissão de CO2 com o fogo foi uma das maiores de toda a história, algo bastante preocupante para o futuro do planeta.