California quebra recorde de incêndios neste ano
Camila Baraúna
Recentemente, o Oeste dos Estados Unidos começou a ser atingido por uma imensa e incontrolável onda de queimadas que já destruiu cinco povoados no sul do Oregon, desabrigou inúmeras pessoas nos estados da Califórnia e Idaho e provocou a perda, em menos de um dia, de uma enorme área florestal no estado de Washington. Essa descomunal nuvem de fumaça atingiu, no dia 09 de setembro de 2020, a cidade de São Francisco, encobrindo a cidade e deixando o céu com uma tonalidade meio alaranjada.
Levando em consideração todos os incêndios que aconteceram desde agosto na Califórnia, oito pessoas já morreram e 3,6 milhões de casas foram destruídas pelas chamas, segundo matéria publicada no G1. Na Califórnia e em outras partes do oeste dos Estados Unidos, o alastramento do fogo é influenciado pelos ventos fortes que afetam essas regiões durante essa época do ano, o que facilita sua rápida propagação. Combinado a isso, as altas temperaturas prolongadas também são responsáveis por essa temporada de incêndios.
Porém, segundo o Serviço Meteorológico Nacional, uma massa de ar polar, que causou uma diminuição de 15°C na temperatura local e que é significativamente mais fria, é considerada um fator de ajuda para a redução dos focos de incêndio em todo o oeste. Mas, mesmo com o auxílio dessa massa de ar, a maior parte dos estados afetados estão recebendo avisos de bandeira vermelha, ou seja, alertas de que há um grande risco de incêndio com maior probabilidade de um alastramento rápido dentro de 24 horas.
A situação na costa oeste estadunidense é preocupante, especialmente porque, somente nos estados do Oregon, Washington e Califórnia há um total de 86 focos de incêndios e a fumaça das queimadas na região chegou a ser vista na cidade de Nova York, na costa leste do país, o que significa que essa fumaça atravessou as 2800 milhas (4500 km) que separam a costa pacífica da costa atlântica. A ação deve ser urgente, para que consequências mais severas não venham a acontecer.