Altas temperaturas em Bagdá são sinais do aquecimento global
Eva Santiago Má
Recentemente, as temperaturas na cidade de Bagdá vem quebrando recordes, chegando a ultrapassar a marca dos 51°C no dia 28 de julho, superando o recorde anterior, de 5 anos atrás. A capital iraquiana normalmente apresenta temperaturas altíssimas, porém raramente atingindo uma marca superior à 48ºC.
A cidade é frequentemente utilizada em comparações sobre como poderá ser o clima com as mudanças climáticas. Especialistas no assunto já alertam que, com o avanço do aquecimento global, mais recordes de temperatura serão superados num futuro próximo.
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Jos Lelieveld, especialista em clima do Oriente Médio e Mediterrâneo no Instituto Max Planck, conta ao Washington Post que, quando a temperatura começa a superar a marca dos 50 °C, a vida já é ameaçada. Além disso, com as altas temperaturas, os moradores vêm fazendo um maior uso de ventiladores e ares-condicionados, sobrecarregando a rede elétrica da região.
Lelieveld explica que sem ações em escala global para limitar as alterações climáticas, regiões como a do Golfo Pérsico e o sul do continente asiático poderão ultrapassar os 54 °C.
O sul do Iraque sofre com o calor e escassez de chuvas, fazendo com que a região sofra com a falta d'água e levando milhares de pessoas a uma migração forçada, que também é motivada pelos conflitos constantes no local. Muitos agricultores da região também contam sobre a perda do plantio e a queda na renda, dificultando assim a subsistência de muitas famílias.
A questão climática é um tema que atualmente mostra-se cada vez mais urgente de ser debatido, haja vista que suas consequências já podem ser observadas em escala global e esse aumento desenfreado na temperatura afeta diretamente a raça humana. O aquecimento global pode prejudicar o plantio de muitos alimentos, podendo, inclusive, tornar a temperatura tão alta que determinados lugares serão inviáveis para se viver, além de aumentar o nível dos mares, alagando cidades.